TABUS SEXUAIS: Que estão Sendo Quebrados nos Dias de Hoje
TABUS SEXUAIS: Que estão Sendo Quebrados nos Dias de Hoje

Vivemos em uma era de maior liberdade sexual, onde o conhecimento, o diálogo e a internet têm contribuído para desfazer antigos preconceitos e abrir espaço para novas formas de viver o prazer. O que antes era considerado imoral, vergonhoso ou até mesmo “errado”, hoje está sendo debatido com naturalidade e acolhimento. Os tabus sexuais, por muito tempo responsáveis por gerar culpa e repressão, estão perdendo força frente à busca por autenticidade e prazer consciente.
A quebra desses tabus não significa a banalização do sexo, mas sim o resgate da sexualidade como algo saudável, diverso e fundamental para o bem-estar. Estamos caminhando para um mundo onde o respeito aos desejos alheios e a liberdade de expressão íntima ganham destaque, permitindo que as pessoas sejam mais felizes, conectadas e realizadas. A seguir, exploramos alguns dos principais tabus que estão sendo desconstruídos nos dias de hoje.
1. O prazer feminino
Durante muito tempo, o prazer da mulher foi ignorado, reprimido ou tratado como secundário. A sexualidade feminina era vista apenas como instrumento de reprodução ou de satisfação masculina, sem espaço para o autoconhecimento, a masturbação ou o orgasmo. Falar sobre tesão, desejos ou brinquedos sexuais era um grande tabu para a maioria das mulheres — e ainda é para muitas, infelizmente.
No entanto, esse cenário vem mudando. Cada vez mais mulheres estão falando abertamente sobre o próprio corpo, buscando explorar suas zonas de prazer e exigindo uma sexualidade mais justa e prazerosa. A pornografia voltada ao público feminino, os blogs de sexualidade, os perfis no Instagram que abordam o tema e até mesmo produtos desenvolvidos exclusivamente para o prazer delas têm sido aliados importantes nesse processo de empoderamento.
A quebra desse tabu está diretamente ligada à autonomia e autoestima feminina. Reconhecer que o prazer da mulher é legítimo e deve ser explorado é um passo essencial para relações mais saudáveis e equilibradas. E quando isso acontece, todos ganham: a mulher, o parceiro (ou parceira) e o relacionamento como um todo.
2. Bissexualidade e fluidez sexual
A ideia de que uma pessoa precisa ser 100% hétero ou 100% homo está ficando para trás. A bissexualidade e a fluidez sexual estão ganhando espaço como orientações legítimas e naturais, que refletem uma realidade muito mais comum do que se imaginava. Por muitos anos, quem sentia desejo por ambos os sexos era taxado como “confuso”, “promíscuo” ou “em cima do muro”.
Atualmente, com mais informação e representatividade, muitas pessoas estão entendendo que a sexualidade pode, sim, ser fluida. Atrações podem mudar ao longo da vida, e isso não significa falta de identidade, mas sim um reflexo da complexidade do desejo humano. Celebridades, influencers e até personagens de filmes e séries têm ajudado a normalizar a bissexualidade e a mostrar que ela não precisa ser escondida.
Ao quebrar esse tabu, estamos abrindo portas para relações mais honestas e identidades mais livres. A aceitação da bissexualidade também diminui o preconceito tanto dentro quanto fora da comunidade LGBTQIA+, tornando o mundo um lugar mais inclusivo e acolhedor para todos os tipos de amor.
3. BDSM e práticas de dominação
BDSM (sigla para Bondage, Disciplina, Dominação, Submissão, Sadismo e Masoquismo) ainda é um dos temas mais envoltos em mitos, preconceitos e desinformação. Muitas pessoas associam essas práticas a violência, perversão ou traumas psicológicos. Porém, essa visão deturpada não poderia estar mais distante da realidade de quem vive o BDSM de forma saudável e consensual.
Nos últimos anos, principalmente com o sucesso de filmes, livros e conteúdos educativos, o BDSM vem sendo cada vez mais compreendido como uma expressão legítima de prazer e conexão. Trata-se de uma prática baseada em acordos claros, confiança extrema e consentimento mútuo — elementos muitas vezes mais presentes do que em relações “convencionais”.
A quebra do tabu em torno do BDSM tem ajudado casais a se comunicarem melhor, explorarem seus limites e descobrirem novas formas de intimidade. Quando feito com responsabilidade, o BDSM não só intensifica o prazer como também fortalece os vínculos emocionais entre os envolvidos.
4. Relacionamentos abertos e poliamor
Durante muito tempo, o amor romântico era sinônimo de exclusividade. A ideia de “pertencer a alguém” e viver sob o lema do “até que a morte nos separe” moldou a forma como encaramos os relacionamentos. Quem cogitava abrir a relação ou amar mais de uma pessoa ao mesmo tempo era visto como imaturo, irresponsável ou incapaz de manter um vínculo verdadeiro.
Hoje, estamos vendo crescer uma nova forma de se relacionar, onde o diálogo, o consentimento e a liberdade são pilares essenciais. Relações abertas e o poliamor — onde é possível amar e se envolver com mais de uma pessoa com transparência — vêm ganhando adeptos e, aos poucos, deixando de ser tabu. Esse movimento desafia as normas tradicionais e propõe novas maneiras de viver o afeto e o desejo.
A quebra desse tabu mostra que não existe uma única fórmula para amar e que cada casal pode construir suas próprias regras. Para quem opta por essas dinâmicas, o amor se torna mais livre, honesto e sem as amarras da posse ou do controle.
5. Homens heterossexuais explorando zonas erógenas não convencionais
Entre os maiores tabus masculinos está o prazer anal, especialmente entre homens heterossexuais. Por muito tempo, esse tipo de estímulo foi associado exclusivamente ao universo gay, gerando receio, vergonha e até negação do próprio prazer. Muitos homens evitam até mesmo a masturbação anal por medo de serem julgados ou de questionarem sua masculinidade.
Mas a realidade é que a anatomia masculina reserva muito prazer na região anal, incluindo a estimulação da próstata, conhecida como o “ponto G masculino”. Com mais informações disponíveis e uma mudança cultural acontecendo, muitos homens estão quebrando essa barreira e permitindo-se viver novas sensações — com ou sem a parceira envolvida.
Desvincular o prazer anal da orientação sexual é um passo importante rumo a uma vivência mais plena da sexualidade. Quando um homem consegue explorar o próprio corpo sem culpa, ele se torna mais confiante, conectado e preparado para proporcionar (e receber) mais prazer nas relações.
6. Masturbação feminina e masculina sem culpa
A masturbação sempre foi cercada de mitos e punições, especialmente no caso das mulheres. Durante séculos, falar sobre isso era motivo de vergonha, e muitas pessoas cresceram com a ideia de que tocar o próprio corpo era errado, pecado ou coisa de quem “não consegue arrumar alguém”. Isso gerou repressão, insegurança e até disfunções sexuais.
Atualmente, esse cenário está mudando. A masturbação passou a ser vista como uma ferramenta de autoconhecimento, saúde sexual e empoderamento. Cada vez mais pessoas falam abertamente sobre seus hábitos, experimentam brinquedos sexuais e aprendem a conhecer seus limites, preferências e fantasias por meio da prática solo.
Quebrar o tabu da masturbação é também uma forma de promover relações mais saudáveis. Quem conhece o próprio corpo sabe melhor como se comunicar com o(a) parceiro(a) e como buscar o próprio prazer de forma ativa e consciente.
7. Mulheres mais velhas vivendo sua sexualidade livremente
Durante muito tempo, a sociedade impôs que a sexualidade feminina deveria “acabar” com a idade. Mulheres acima dos 40 ou 50 anos foram historicamente empurradas para o papel de mães, avós ou figuras neutras, como se o desejo, a sensualidade e o prazer deixassem de existir com o tempo. Isso gerou gerações inteiras de mulheres que reprimiram suas vontades e acreditaram que o sexo era um capítulo encerrado em suas vidas.
No entanto, esse cenário está mudando — e rapidamente. Mulheres maduras estão assumindo seus corpos, desejos e experiências com orgulho. Elas estão explorando sua sensualidade com mais liberdade do que nunca, seja com parceiros mais jovens, com o uso de brinquedos sexuais ou apenas com o direito de serem vistas como mulheres completas, ativas e desejáveis. A indústria erótica, a moda e o entretenimento também começam a retratar essas mulheres como símbolos de poder e autenticidade.
A quebra desse tabu é libertadora não só para as mulheres mais velhas, mas também para toda a sociedade. Afinal, reforça a ideia de que a sexualidade não tem prazo de validade e que o prazer é uma expressão humana que pode (e deve) ser vivida em todas as fases da vida.
8. Casais explorando experiências com acompanhantes
Durante décadas, a ideia de incluir uma terceira pessoa na relação era vista como algo proibido, arriscado ou até motivo de separação. Muitos enxergavam o interesse em viver um ménage à trois como sinal de infidelidade ou crise conjugal. Mas isso vem mudando — e rápido. Casais modernos têm buscado formas de sair da rotina, explorar fantasias em conjunto e, principalmente, construir uma nova dimensão de cumplicidade no sexo.
Hoje, contratar uma acompanhante com o consentimento mútuo deixou de ser tabu e passou a ser uma opção excitante e cada vez mais comum. Em cidades como Curitiba, esse tipo de experiência tem se tornado um verdadeiro segredo picante entre casais que se amam, se respeitam e não têm medo de se aventurar juntos. Mais do que sexo, trata-se de confiança, liberdade e de quebrar amarras que já não fazem mais sentido no mundo atual.
Essa quebra de tabu fortalece relações ao invés de destruí-las. Permite que desejos ocultos venham à tona e que a intimidade do casal se aprofunde de forma ousada e divertida. Além disso, normaliza o desejo sexual como algo vivo e saudável dentro da rotina a dois, mostrando que o amor e o tesão não precisam se anular — pelo contrário, podem caminhar lado a lado, com muito prazer.
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